A (Im)produtividade do trabalho reprodutivo e a exaustão das mulheres na contemporaneidade
Description
Banco de dados relacionados a pesquisa realizada acerca do trabalho doméstico e setor de limpeza no Brasil e Reino Unido. O objetivo do trabalho foi debater a (im)produtividade do trabalho reprodutivo e potencialidades e limites do processo de expansão do capitalismo sobre esse trabalho para alterar as condições concretas de opressão que se manifestam nas condições de exaustão das mulheres na contemporaneidade. Marco teórico: Partindo de uma perspectiva marxiana, consideramos que os debates acerca da produtividade/improdutividade do trabalho reprodutivo devam superar as análises baseadas na concretude imediata deste trabalho e apreender as determinantes que envolvem a absorção pelo capital de um trabalho enquanto trabalho produtivo, reprodutivo ou improdutivo. Métodos: Foram coletados dados estatísticos secundários disponibilizados pelo IBGE no “Cadastro Central de Empresas”e PNAD Contínua, pelo SEBRAE (2014), pela Startup FRANCHISE HEPL (2018), e também pela British Cleaning Council BCC (2019) e a análise foi realizada com base no materialismo histórico Resultados: Demonstramos o capital tem se apropriado produtivamente do trabalho reprodutivo, no entanto, tal apropriação não tem significado alteração das condições de divisão sexual do trabalho e exaustão das mulheres. Conclusão: Concluimos que ao invés da transmutação de trabalho reprodutivo a produtivo ser um avanço para a emancipação das mulheres, tem sido fonte de maior exploração de sua força de trabalho e de exaustão, uma vez que tal apropriação não supera a condição de exploração que engendra a universalidade de opressões sob o capitalismo, conforme as necessidades de valorização do valor.